De acordo com Lins, a intenção de criar o serviço foi discutida em uma reunião que aconteceu antes de surgirem as denúncias de que brasileiros têm mensagens de email e informações telefônicas monitorados pela inteligência norte-americana.
O objetivo dos Correios, disse ele, é criar uma certificação digital, serviço pago que funciona como uma espécie de carimbo que garante a veracidade de documentos enviados pela internet. Para proteger esses documentos, a estatal quer criptografá-los. Num passo seguinte, a mesma tecnologia poderia ser utilizada para oferecer email gratuito à população.
“Para os Correios, trata-se de uma oportunidade de negócios”, disse Lins. “Tratamos desse assunto antes das denúncias, por isso não se trata de uma resposta contra a espionagem. Mas acelerar esse processo [para criar o email criptografado], é uma boa resposta”, completou.
O secretário-executivo admitiu que o custo para manter um serviço de e-mail criptografado é alto. Mas apontou que, a exemplo do que fazem hoje empresas como Google e Facebook, os Correios podem vender anúncios para financiá-lo.